Criei este espaço com o intuito de trocar experiências, repassar os materiais que me ajudaram e que poderão ajudar outras pessoas. Além disso, repasso também tudo o que julgo interessante na net. Sejam bem vindos ao meu cantinho, Magia da Educação: com um pouco de carinho e dedicação, a magia acontece!

domingo, 11 de novembro de 2012

O que é Dislexia?

A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras.

A criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:
- Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola.
 - Atraso na locomoção.
 - Atraso na aquisição da linguagem.
 - Dificuldade na aprendizagem das letras.
 
A criança disléxica possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e / ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita. A dislexia normalmente é hereditária. O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.
  
Características para identificar o Disléxico:
- Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.
- Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.
- Inversões de sílabas: em / me, sol / los, las / sal, par / pra.
- Adições ou omissões de sons: casa Lê casaco, prato lê pato.
- Ao ler pula linha ou volta para a anterior.
- Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece letras isoladamente sem poder ler.
- Leitura lenta para a idade.
- Ao ler, movem os lábios murmurando.
- Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.
- Usa dedos para contar.
- Possui dificuldades em lembrar se seqüências: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, lê as horas.
- Não conseguem lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário escolar.
- Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras.
- Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou redações mostra severas complicações.
- Afeta mais meninos que meninas.

O disléxico geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.

Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia alguns fatores deverão ser descartados, tais como:
- imaturidade para aprendizagem;
- problemas emocionais;
- métodos defeituosos de aprendizagem;
- ausência de cultura;
- incapacidade geral para aprender.

Tratamento e orientações: 
- O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao disléxico. Deve ser individual e freqüente.
Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras.
- Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.
- Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo.
- Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua.
- O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais.
- Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético.
- Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais.
- Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.
- Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado.
- Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.
- Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e / ou não conseguir ler as instruções.
 Autora: Simaia Sampaio

DESAFIOS E POSSIBILIDADES QUE PERPASSAM A EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Gisllayne Cristina de Araújo Brandão
Gllauce Cristina de Araújo Brandão

RESUMO

Este artigo visa analisar os desafios e as possibilidades para a efetivação da modalidade de Educação à Distância. Para tanto, fez-se necessária uma pesquisa bibliográfica em diversas fontes, tais como, obras de Saraiva, Rocha, Moraes, dentre outros autores que abordam este tema. Seja contribuindo para a democratização do ensino, seja para a formação de professores, a EaD é uma modalidade de ensino que veio para facilitar a Educação de pessoas que não possuem fácil acesso a ela. Muitas pessoas buscam esta modalidade pela flexibilidade de horários, e pela errada maneira de pensar que trata-se de uma modalidade mais “fácil” do que o ensino presencial. Como dito anteriormente, isso não é verdade. O aluno da EaD deve ser comprometido com a sua educação, pois o seu sucesso depende na maior parte, dele. Deve organizar um horário de estudos, realizar as atividades em dia, participar das atividades desenvolvidas no ambiente virtual de aprendizagem. Diante da revisão das referências analisadas, constatou-se que a EaD possui diversos desafios que perpassam a sua efetividade, como por exemplo, a evasão dos alunos, que muitas vezes não conseguem acompanhar o ritmo das aulas; as estruturas precárias de alguns dos polos de apoio presencial; a falta de formação adequada para os profissionais envolvidos na EaD, que é uma modalidade educacional séria e necessita, portanto, de profissionais capacitados.

Palavras-chave: Desafios; Possibilidades; Educação à Distância.

Esse é o resumo do artigo que fizemos e utilizamos na apresentação da Oficina no I CONPED-RN. Só para sentirem um gostinho da EaD.
Participação no I Congresso de Pedagogia do Rio Grande do Norte. Apresentação da oficina "Desafios e Possibilidades que perpassam a efetividade da Educação a Distância" com minha irmã, a também Pedagoga Gisllayne Brandão. Ao lado de Paty Fontes, educadora do Rio de Janeiro, Especialista em Pedagogia de Projetos, blogueira e idealizadora do site Projetos Pedagógicos Dinâmicos (www.projetospedagogicosdinamicos.com/)  que apresentou uma mesa-redonda no evento citado.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O folclore na abordagem escolar


Diferentes formas de manifestações folclóricas.

O folclore é marcado por se tratar de um momento mágico com ricas lendas, histórias, “causos” entre outros. Comemorado a nível internacional em 22 de agosto, trata-se de uma importante data comemorativa trabalhada nas escolas.
Considerando a riqueza de conhecimentos existentes no folclore brasileiro, o ideal é que o professor busque as mais diversas formas de trabalhar esse tema com seus alunos.

No ambiente escolar o folclore brasileiro apresenta inúmeros elementos a serem apresentados e desenvolvidos com a criança.

Partindo desse pressuposto, ao trabalhar o folclore é necessário seguir certa hierarquia em relação às informações a serem passadas para os alunos. No intuito de contribuir com o professor podendo enriquecer sua didática, segue algumas orientações de como o professor pode estar trabalhando o folclore numa abordagem ampla, propiciando uma vivência rica e proveitosa para com seus alunos, em especial aqueles inseridos na educação infantil e início do Ensino Fundamental:

• Inicialmente o professor deve fazer com que o aluno compreenda o conceito de folclore, seguido da identificação de diferentes manifestações culturais, respeitando e considerando a faixa etária escolar, conseqüentemente ampliando o vocabulário de seus alunos;

• Considerando que as músicas, parlendas, jogos e brinquedos são elementos fundamentais do folclore infantil brasileiro e da memória cultural popular, é fundamental que sejam apresentadas até mesmo para garantir a preservação da cultura;

• Trabalhar com jogos folclóricos favorecendo a entrada da criança na sociedade de forma lúdica, podendo ensinar modelos de comportamento, regras, rituais, fatores esses indispensáveis para o amadurecimento emocional;

• Propor pesquisas sobre brincadeiras antigas, seguida da realização dessas, dispensando o uso de brinquedos de alta tecnologia e valorizando o trabalho com o corpo da criança, propiciando seu desenvolvimento;

Disponível em :
http://redeeducacaoemfoco.blogspot.com.br/

Livros para uma vida

Dezoito educadores selecionaram 204 obras essenciais para serem lidas do Ensino Infantil ao Ensino Médio

 O que ler dos 2 a 18 anos para ter uma ótima formação e chegar com boas referências à vida adulta?
Confiram no link abaixo junto com seus filhos. Eles irão adorar! Os meus amaram. Inclusive alguns dos livros que estão lá, nós já temos. 

http://educarparacrescer.abril.com.br/livros/index.shtml

  Att,

Gllauce.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Derrubando as árvores.

Os nativos das Ilhas Salomão, quando vão abrir uma nova área de plantio, não derrubam as grandes árvores com machado pois, para eles, demandaria muito esforço. Mas isso não signifique que essas árvores também não sejam mortas e retiradas. A solução encontrada por eles foi subir nas árvores e ficar em volta delas a gritar. Gritar e gritar e gritar. Gritam por dias contra a árvore. O grito, segundo eles, cria um sentimento de rejeição pela árvore. Tal sentimento, por dias, acaba por levar a árvore à morte e cai. Assim eles solucionam o problema de retirar também as grandes árvores do caminho.

Muitas vezes a pessoas pensam que se importam com as outras, porém, o importar na maioria das vezes não se traduz em ajuda concreta para sarar as feridas do outro. Aos "berros" e com palavras de desprezo derrubam aos poucos a autoestima e a alegria do seu semelhante.

Quem lida no dia-a-dia com pessoas, principalmente crianças passíveis de terem vários problemas de ordem social e psíquica tem uma responsabilidade muito grande com estes seres não devemos, portanto, enxergar as pessoas como grandes árvores ou obstáculos em nosso caminho, mas como seres necessitados de nosso amor e da compreensão que na correria pelo lucro e competição do mundo atual raramente encontram.

Para sermos educadores de verdade devemos andar na contramão desse sistema.

Recebi por e-mail e resolvi compartilhar.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Projetos e planos de aula

Idéias para trabalhar em sala de aula Conheça alguns sites que disponibilizam planos de aula e/ou projetos para educadores.
Nova Escola: diversos planos de aula organizados por níveis: Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio.
Áreas: Alfabetização, Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências Naturais, Arte, Língua Estrangeira, Educação Física. O site também disponibiliza os planos de aula publicados no Jornal da Tarde de domingo.
Portal do Professor – O portal possui diversas aulas elaboradas por educadores. Há destaque para o bom uso de recursos digitais e propostas de uso das TIC. Há um filtro para selecionar aulas organizadas por ciclos, áreas e temas: Ensino Fundamental Inicial, Ensino Fundamental Final, Ensino Médio e Ensino Profissional.
E-Aprender – O site disponibiliza planos de aulas organizados em disciplinas. Há também dicas para elaboração de planos
Yahoo Educação – Diversas atividades sugeridas utilizando as tecnologias de comunicação e informação
Sabesp – Esta área do site é dedicada a educadores e apresenta propostas para trabalhar assuntos relacionados a água e saneamento
NetEducação – O site disponibiliza planos e planejamento para diversas séries e disciplinas, inclusive educação especial.
Veja on-line – A maior parte do conteúdo é para assinantes, mas toda semana é possível acessar gratuitamente uma das aulas em destaque
Microsoft Educação – Diversos projetos que utilizam as TICs, todos organizados por ciclos. Veja também a seção Atividades para sala de aula com projetos temáticos e estruturados, utilizando os programas da Microsoft.
Baú de Projetos Edukbr - Diversos projetos interdisciplinares organizados também por disciplinas.
Site de dicas – Dicas de atividades para desenvolver com crianças
Planos de aula UOL - O site apresenta propostas organizadas por disciplinas, para Ensino Fundamental e Ensino Médio. Há também referências selecionadas sobre como trabalhar com Vídeos do PortaCurtas na Escola
Dicas Vivência Pedagógica - Seção do site com idéias de recursos e estratégias que podem ser utilizadas na escola.
Projetos – Também faz parte do site de dicas uma seção com idéias de projetos para desenvolver na escola.
Turbine sua aula – propostas publicadas no portal Educarede
Arte na Escola – O site apresenta riquíssimo material para o trabalho com Arte na Escola
Atividades para a sala de aula: Revista ao Mestre - Várias atividades artesanais para educadores.
Veja também WebQuests e WebGincanas: propostas interessantes para trabalhar com os recursos da Web.
Leia também:

domingo, 15 de janeiro de 2012

Como escolher a escola do seu filho?

Uma matéria da revista ISTOÉ, de 1º de Setembro de 2010, mostrou dicas de como escolher adequadamente uma boa escola para seu filho. Vejamos o passo a passo da escolha, de acordo com a reportagem:
Mais informações em: http://www.nei.ufrn.br

Trace o perfil do seu filho Ele é tímido ou extrovertido? É criativo? Reage a ambientes previsíveis? Um profissional como um Psicólogo ou Psicopedagogo pode ajudar nessa fase.
Tenha em mente os seus próprios anseios O principal objetivo é o vestibular? Ou uma formação humanista, criativa e crítica? Ou religiosa?
Tenha foco Foque nas escolas cujo método pedagógico esteja alinhado com a personalidade da criança, ou seja, com seus potenciais, afinidades e limitações.
Estipule a faixa de preço O casal deve estipular quanto pode pagar pela mensalidade, material escolar, uniforme e outras taxas, além do transporte escolar, se for o caso.
Defina a localização e o transporte O ideal é que a escola seja perto de casa. Isto melhora a qualidade de vida de pais e filhos, especialmente nas grandes cidades. Caso seja necessário transporte escolar, se informe sobre o tempo que a criança levará no deslocamento.
Conheça as escolas Visite, pergunte. Ouça pais de alunos. Visite novamente, se for preciso, cada uma das instituições de ensino. Defina as duas preferidas.
Ouça o seu filho Crianças a partir de 5 anos devem ser ouvidas. O indicado é que os pais levem os filhos nas duas escolas preferidas deles e ouça a sua opinião. Participar na escolha pode ajudar no comprometimento da criança no processo educacional.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

11 maneiras de ajudar na alfabetização do seu filho

1-    DEIXAR BILHETES OU ESCREVER CARTAS
Deixe recadinhos na porta da geladeira, escreva cartas e estimule-a a fazer o mesmo (mesmo que saiam apenas rabiscos. Lembre-se: nessa fase do desenvolvimento, não se erra, se tenta acertar). 'Vou escrever uma carta para a vovó contando como estamos. O que você quer que eu conte para ela?'. Recebeu uma carta ou encontrou um recadinho em casa? Leia em voz alta. "Procure incluir a criança sempre que uma situação de comunicação escrita se apresentar na casa", aconselha a educadora Maria Claudia.

2-    PREPARAR RECEITAS CULINÁRIAS NA PRESENÇA DA CRIANÇA
Na culinária isso pode acontecer de maneira descontraída e divertida. Durante a receita de um bolo, por exemplo, vá perguntando para a criança: "Vamos ver o que falta colocar? Ah, ainda preciso colocar 3 ovos, está escrito aqui".

3-    LER HISTÓRIAS
"Quando a mãe lê uma história para a criança, ela é leitora junto com a mãe", acredita Maria Claudia Rebellato. Leia com freqüência para seu filho: gibis, revistas, contos de fadas... Leia mais de uma vez o mesmo livro, pois isso é importante para a criança começar a recontar aquela história depois, no papel de leitora, inclusive passando as páginas do livro corretamente. Ao ouvir histórias, a criança acaba percebendo que a leitura é feita da esquerda para a direita (importante para o momento em que ela vai começar a riscar), consegue diferenciar o que é texto do que é desenho, começa a notar que as palavras são escritas separadamente formando frases que fazem sentido e a adquirir noção de volume de texto. "É comum, por exemplo, a criança perceber quando a mãe está pulando trechos da história (geralmente porque ela já está cansada e quer dar uma resumida na historinha). A criança vira e fala ‘tem mais coisa aí, mamãe’. Isso mostra que ela está já está amadurecendo como leitora e, embora ainda não leia, já faz o que chamamos de pseudoleitura", observa a Maria Claudia.

4-    SER UM MODELO DE LEITOR
Os pais também têm de prestar atenção ao ambiente em que fazem sua leitura, passando a impressão de que ler é prazeroso, mas também é coisa séria. O ambiente deve ser tranqüilo, sem muitos ruídos, com boa iluminação, e deve-se sentar com a postura corporal correta, para não se cansar rapidamente.

5-    EXPLORAR RÓTULOS DE EMBALAGENS
Aproveite momentos de descontração, como durante as refeições, para ler os rótulos junto com seu filho. "Com o tempo, ele começa a ler por imagem, por associação. Ele pode ainda não estar alfabetizado, mas já sabe o que está escrito naquela embalagem", explica a especialista Maria Claudia Rebellato. Segundo ela, os rótulos são interessantes de serem lidos porque, na maioria dos casos, são escritos em letra CAIXA ALTA, que é a qual a criança assimila antes da letra cursiva.

6-    FAZER LISTA DE COMPRAS COM SEU FILHO
chame a criança para preencher a lista com você e faça com que ela perceba que você anota no papel as coisas que irá comprar, para consultar lá no mercado (uma forma de ela relacionar a linguagem oral com a escrita). Vá conversando com ela: "Vamos anotar para não esquecer. O que mais vamos ter de comprar? Então, vamos escrever aqui". Deixe que ela acompanhe com os olhos o que você está escrevendo e vá falando em voz alta.

7-    APROVEITAR AS SITUAÇÕES DA RUA
Placas de trânsito, destino de ônibus, outdoors, letreiros, panfletos, faixas... onde quer que frequentemos estaremos sempre em contato com o mundo letrado e é ótimo que os diferentes elementos sejam aproveitados com a criança. "Dá para levar em forma de brincadeira. 'Olha filho, tem uma placa igual a essa em frente à nossa casa. Sabe o que está escrito nela?'’ ou ainda 'Olha, filho, esse ônibus vai para Cajuru. Cajuru também começa com Ca, igual o nome da mamãe, Carolina'. É por meio dessas situações que a criança vai percebendo as diferentes funções da escrita e fazendo associações", acredita Maria Claudia. Segundo ela, é uma forma não de ensinar/aprender, mas de brincar com as letras, com as palavras, com a escrita e a leitura.

8-    FAZER OS CONVITES DE ANIVERSÁRIO COM AS CRIANÇAS
Escrever nos convitinhos de aniversário é uma etapa da festa da qual a criança precisa participar. Pergunte a ela: "o que teremos de escrever nos convites? Precisamos dizer onde vai ser e a que horas". Isso pode ser feito desde o primeiro aniversário da criança, repetindo nos anos seguintes, até chegar a vez em que ela própria irá querer escrever sozinha, com sua letrinha.

9-    MONTAR UMA AGENDA TELEFÔNICA
A agenda telefônica é um bom objeto a ser explorado com as crianças. Ela mostra, claramente, o que é texto e o que é número, com a função de cada um deles. O texto é usado para escrever o nome das pessoas ou dos lugares, enquanto o número é utilizado para informar o telefone. No dia a dia, chame a criança para observar essa diferença. "Olha filho, deste lado ficam os nomes das pessoas e deste o número do telefone delas. Vamos ver qual o número da casa da titia?".

10-    APONTAR OUTROS MATERIAIS ESCRITOS
"A criança tem de perceber a função de cada um dos elementos que é posto para ela", reitera Cida Sarraf. Houve um tempo em que pais e professores acreditavam que bastava etiquetar os objetos (etiqueta com a palavra cama na cama, com a palavra armário no armário) para as crianças se familiarizarem com a língua. Mas as pesquisas mais atuais mostraram que os diversos gêneros textuais precisam estar presentes e serem usados dentro de uma função comunicativa.

11-    RESPEITAR O RÍTMO DA CRIANÇA
Quando  for montar um álbum com fotos de uma viagem, chame a criança para legendar cada foto com você. "Você lembra como se chamava este lugar? Vamos escrever aqui para sabermos daqui a um tempo". Respeite seu ritmo, vá devagar para que ela consiga acompanhar.

ENTENDA O CONCEITO DE AMBIENTE ALFABETIZADOR
A partir das investigações das educadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky, apresentadas no livro Psicogênese da Língua Escrita, vários pesquisadores da área começaram a construir uma nova didática da alfabetização, chegando ao conceito de ambiente alfabetizador. No começo, houve interpretações errôneas, e professores começaram a colocar nomes nas coisas, como etiqueta com a palavra lousa na lousa, etiqueta com a palavra mesa na mesa, supondo ser assim um ambiente alfabetizador. Com as pesquisas que se seguiram, concluiu-se que um ambiente alfabetizador não somente é aquele que contem material escrito, mas aquele em que diversos gêneros textuais estão presentes e sendo usados, dentro de uma função comunicativa. Ou seja, o uso tem de ser efetivo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O MÉTODO PAULO FREIRE

Como seria na prática esse método?

Não estamos tratando aqui de uma mera técnica de alfabetização, e sim, de um método coerente com o posicionamento teórico filosófico. Para a alfabetização é necessária a conscientização.
Somente um método que privilegiasse a ação e o diálogo seria capaz de ser coerente com os princípios que já vimos anteriormente. Seria preciso a modificação do conteúdo programático, e mesmo a modificação da forma pelo qual o mesmo é determinado.

O diálogo é então a base do método de Freire

Mas, o  que é o diálogo e qual diálogo? Qualquer diálogo ?
O diálogo é uma relação de comunicação de intercomunicação, que gera a crítica e a problematização já que ambos os parceiros podem  perguntar: "por quê?".
Quem dialoga, dialoga com alguém e sobre algo.
O conteúdo do diálogo é justamente o conteúdo programático da educação.
E já na busca desse conteúdo o diálogo deve estar presente.
Analisando o diálogo, Paulo Freire constata a necessidade de analisar a palavra como mais do que um meio para que o diálogo se efetue.
Há duas dimensões constitutivas da palavra: ação e reflexão. A palavra verdadeira é práxis transformadora. Sem  a dimensão da ação, perde-se  a reflexão e a palavra transforma-se em verbalismo, ou verborragia. Por outro lado, a ação sem a  reflexão transforma-se em ativismo, que também nega o diálogo. O educador bancário define o conteúdo antes mesmo do primeiro contato com os educandos. Para o educador libertador, esse conteúdo é a devolução organizada, sistematizada e acrescentada ao educando daqueles elementos que este lhe entregou de forma desestruturada. Esse conteúdo deve ser buscado na cultura do educando e na consciência que ele tenha da mesma. O momento da busca do conteúdo programático dá início ao processo de diálogo em que se produz a educação libertadora. Essa busca deve investigar o universo temático dos educandos ou o conjunto dos temas geradores do conteúdo.
Por ser dialógica já é problematizadora e permite que se obtenha a consciência   dos indivíduos sobre esses temas; a participação na investigação do seu próprio universo temático leva o educando a admirar este universo, e, essa admiração possibilita a capacidade de criticá-lo e transformá-lo. Mesmo tratando-se de um método para adultos analfabetos não é difícil para os educadores mais conscientes, perceberem a importância da utilização do universo temático para as crianças, por exemplo. A uniformidade das cartilhas impossibilita a   aplicação dos princípios formulados por ele.

Síntese dos passos
- levantamento do universo vocabular dos grupos, para a escolha das   palavras geradoras
- organização dos círculos de cultura, formados por pequenos grupos, sob a coordenação de uma pessoa, que não precisa necessariamente ser um professor
- a representação de uma das palavras, já que estas pertencem ao universo vocabular dos educandos, aliada a sua experiência de vida, gerará temas correlatos, descobrindo-a como suma situação problemática
- reúne-se todo o material possível para ampliar a consciência e experiência dos educandos
-passa-se à visualização da palavra e ao processo de decodificação em unidades menores, para reconstituí-la posteriormente.

" Ensinando se aprende, aprendendo se ensina".